Na semana passada com o bom tempo que se fez sentir decidi ir até ao Parque da Cidade fazer uma corrida de baixa intensidade para manter a forma física. Numa das partes do percurso aconteceu algo que me deixou preocupado, um casal estava a discutir e a filha ao lado a chorar.
Ao longo do percurso existem locais para beber água e num desses bebedouros o pai pegou na filha para a ajudar a beber mas para que a água saísse era necessário pressionar com alguma força. O pai tinha as mãos ocupadas e como a criança era pequena e não tinha muita noção daquilo, ao carregar molhou-se um pouco na camisola.
Quando o pai a pousa no chão a mãe vira-se para ele a reclamar de não ter feito o serviço em condições, ou seja, ajudar a filha a beber água. O pai não concordando responde à mãe criticando-a de não ter ajudado a pegar na filha. E nesta troca de palavras, que nem 2 jogadores de ténis em dia de jogo oficial, reparo na filha, literalmente no centro daquela cena, a olhar para os dois a discutir e a ter a única atitude que sabe para terminar com aquela discussão – começou a chorar.
“É mais fácil criticar que ajudar”
Não há nenhum filh@ que queira ver os pais a discutir por sua causa e não faz qualquer sentido que o façam, muito menos com a criança presente. Este tipo de comportamentos prolongados no tempo podem potenciar nas crianças situações de ansiedade e stress, medos, baixa auto-estima e autoconfiança, entre outras coisas. Para evitarmos este tipo de problemas tenha em mente estas sugestões:
- Os pais devem ter em conta que as discussões podem existir mas devem acontecer em privado, só entre os dois;
- A forma como o casal age vai ser copiado e repetido pela criança. Se resolvem os problemas dessa forma, a criança também o irá fazer e logo na escola;
- Se os pais forem importantes para a criança ela vai arranjar “esquemas” para que eles parem de discutir e poderá, ela própria, criar problemas para que os pais se ocupem na resolução dos mesmos;
- Todo o comportamento tem uma intenção positiva e, se assim o é, sempre que existir uma discussão entre o casal comece por reconhecer esse comportamento positivo no outro e depois já poderá mostrar como ele poderia ter feito de forma diferente, para que a pessoa que supostamente errou sinta que a sua atitude foi valorizada. Por isso é que devemos elogiar antes de criticar.
Tenha um excelente dia!
Nelson Ramos
Consultor Solfut & Coach I Have the Power
Education Academy Manager
—-» www.atitudesparavencer.com
Tanto respeito pela filha tem o pai, como tem a mae, ha-ja um que tenha vergonha e feixe a boca?????
Muito obrigado pelo comentário Odete.
O objetivo deste artigo nem é criticar as pessoas em questão porque são situações que podem acontecer, o mais importante é termos noção das consequências e como podemos melhorar, enquanto casal e família.
Tenha um excelente dia!