Aprendizagem, Caminhos de sucesso, Educação, Motivação

Escola: os ingredientes para uma Motivação constante

Já estamos a meio do 1º período e as notas dos primeiros testes começam a ser divulgadas pelos professores, o que poderá levar a algum desânimo nos nossos filhos se as mesmas não forem o que estariam à espera. Às vezes, este desânimo acaba por contagiar o comportamento do nosso filho(a) para as outras disciplinas e o seu desempenho baixa. A pergunta que fica no ar é: como contribuir para uma motivação constante do meu filho(a) na escola?

Não sei se já aconteceu contigo ou talvez não mas, muitas vezes no meu trabalho com estudantes um dos obstáculos a uma motivação escolar constante são os primeiros resultados dos testes realizados. Quando uma das primeiras notas que recebe fica bastante abaixo das suas expectativas a tendência é achar que já não vai terminar com uma boa nota, ou que afinal não é bom aluno aquela disciplina, ou os testes correm-me sempre mal.

Para ajudares o teu filho(a) a superar estes primeiros percalços sugiro as seguintes estratégias:

  1. O foco deve estar no todo e não nas partes
    O foco do teu filho(a) deve estar no objetivo que ele definiu para o primeiro período, ou seja, a média das notas que definiu para cada disciplina. Independentemente de numa ou noutra baixar, poderá sempre subir noutras.
  2. Reenquadrar a situação
    Às vezes, o fracasso numa disciplina é visto pelo nosso filho(o) como ele(a) sendo um fracasso. Devemos ajudar a reenquadrar a situação perguntando se não é uma oportunidade para aprender mais. Se erraste é porque tens um espaço muito grande para aprender. Afinal de contas, como é que o nosso filho(a) aprendeu a andar? À primeira é que não foi, e nem por isso desistiu, pois não?
  3. Trabalhar no que depende apenas de ti
    Se há espaço para poder melhorar e aprender mais, a pergunta que podes fazer ao teu filho(a) é: reflete um pouco sobre o tempo e o trabalho que tens dedicado à disciplina xxx (que teve um mau resultado) e o que achas que poderias fazer de diferente e que te ajudasse a ter resultados muito melhores? Aguardas em silêncio as sugestões do teu filho(a), independentemente do que forem, ajuda-o(a) a clarificar cada uma delas numa tarefa e acredita que ele(a) vai conseguir aplicar essas mesmas tarefas ao longo deste período.

Eu costumo partilhar com os pais uma frase muito importante.
Mais importante que os objetivos do teu filho(a) para este ano letivo, é o processo.
Mais do que as notas que ele(a) vão conseguir, o mais importante é se aprenderam que, perante qualquer obstáculo, deve partir de mim (estudante) as soluções para alcançar os meus objetivos. Esperar que os Pais ou alguém tenha “pena de mim” e me ajude é uma má estratégia, uma vez que a vida não nos dá essas facilidades (na maioria das vezes)!

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Pai, mãe,…porque não me compreendes?

Enquanto pais, temos muitas vezes aquela ideia de que sabemos mais do que os nossos filhos. Embora a experiência e o tempo de vida seja maior, por si só, não quer dizer que eu seja o dono da verdade. Às vezes, devo fazer um esforço para compreender aquilo que o meu filho(a) está a ver e a apresentar como justificação, caso contrário:

  • Achamos que sabemos porque razão ele(a) teve aquele comportamento e achamos como ele deve corrigir.
  • Achamos que sabemos mais sobre os temas da nossa vida diária e achamos que a nossa razão é melhor do que a deles.
  • Achamos que sabemos que atividades devem escolher e achamos que sabemos como devem fazê-lo corretamente.
  • Achamos que eles já são adultos para algumas coisas e depois tratamos os nossos filhos como crianças, achando que estamos a fazer deles adultos.

De facto, achamos que sabemos muitas coisas menos o que é mais importante – que não sabemos nada daquilo que achamos saber, principalmente, sobre os nossos filhos. Da próxima vez, parte do princípio que não sabes, calça os sapatos do teu filho(a), vê o mundo com os seus óculos e compreenderás melhor que nada sabias sobre aquilo que achavas saber.

Por fim, quando assim o fizeres vais compreender que perguntar, escutar e sentir o teu filho(a) é o primeiro passo para verdadeiramente o conheceres melhor. Com isto vais conseguir mudar e para melhor a relação com eles.

Experimenta!

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Uma terceira solução para os conflitos familiares

Há uma frase que gosto muito de um autor chamado Desmond Tutu, e que diz,..”Não levante a sua voz, melhore os seus argumentos”. Considero uma afirmação muito importante quando observamos a relação entre pais e filhos, e o quanto isso pode ser determinante para uma maior harmonia familiar.

Na minha opinião, discutir com o seu filho elevando o tom de voz só levará a uma escalada de argumentos defensivos de ambas as partes, na busca incessante por ter razão, quando deveríamos fazer o que está correto. Primeiro vamos compreender porque elevamos o tom de voz:
1. Para ser escutado;
2. Para mostrar que tem razão;
3. Para se defender das acusações;
4. Alívio emocional.

Ok Nelson, já percebi.
Como diz o autor da frase, devemos melhorar os argumentos que utilizamos, ao invés de “esgrimir” acusações subjetivas, generalistas e revestidas de muita energia negativa que só degrada a relação parental. O que sugere Nelson?

Uma sugestão muito simples e prática para discutir tranquilamente com o seu filho(a) e evitar conflitos é:
1. Falar no “EU” evitando o “TU” (que é o mesmo que apontar o dedo);
Numa situação em que discorda do comportamento do seu filho(a) procure explicar como se sente quando observa esse comportamento e como a incomoda.

2. Permita que o seu filho(a) explique o seu ponto de vista
Ensine-o(a) a falar na primeira pessoa “EU” para que expresse os seus motivos evitando, também, apontar o dedo.

3. Há mais no que vos une do que vos separa
Em qualquer conflito, há algo mais profundo que vos une. Poderão não concordar superficialmente, por exemplo, querer que o seu filho chegue a casa às 20h e ele chegar às 21h. Mas a um nível mais profundo ambos querem estar em casa para jantar e conviver em família.

4. Pergunte como podemos ficar satisfeitos
Se o Pai ou a mãe discorda do comportamento, tome a iniciativa de perguntar ao seu filho(a) como poderíamos chegar a um consenso que fosse bom para ambas as partes. Se já sabemos qual é o ponto que vos separa e o ponto que vos une, como poderíamos juntar as duas partes e formar uma terceira solução? Peço que pergunte ao seu filho(a) para ajudá-lo a refletir e a encontrar uma solução para este conflito e, assim, estará a “treiná-lo” para encontrar soluções proativamente no futuro.

Esta estratégia muito simples e prática é válida para a maior parte das situações que vamos encontrar em casa, no entanto, há outras em que terá de assumir uma postura mais assertiva e célere. Nessas situações teremos de utilizar outras estratégias que nos permitam lidar com a situação e, ao mesmo tempo, tornar esse momento uma oportunidade de aprendizagem para a vida.

Experimente.
Coloque em prática.
O Sucesso vem depois da Ação.
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Um dos maiores erros que os Pais cometem

Não sei se a ti já te aconteceu mas a mim já: pedires algo ao teu filho(a) para fazer e parecer que ele(a) não escutou e lá vais tu voltar a repetir o pedido. Por exemplo: chamar para vir almoçar, levantar a horas para sairmos de casa cedo ou arrumar o quarto como fazemos todos os sábados. Para muitos pais que acompanho isto é uma dor de cabeça, estar sempre a repetir-se para que seja feita a tarefa pedida.

Gostaria de te dizer que não é por repetição que o nosso filho(a) vai fazer a tarefa pedida. Se ele(a) escutou o que foi pedido à primeira, é mais do que suficiente para ele(a) saber o que tem de fazer. Como, muito provavelmente, não é do seu agrado (ou não quer parar o que está a fazer) ele(a) vai protelar essa ação até que: você desista ou insista de forma ligeiramente diferente.

Se nós desistirmos vamos condicionar o comportamento do nosso filho(a) a manter este padrão, onde o desgaste do pai ou da mãe será muito maior porque para tarefas que não sejam do interesse do nosso filho(a) vai estar constantemente a pedir para fazer, talvez a elevar o tom de voz e, em algumas situações, a discutirem e ficarem chateados um com o outro.

Se optar por mudar ligeiramente a vossa postura a minha sugestão é a seguinte: se têm de sair às 8h30 de casa para poder deixá-lo(a) na escola, mas ele(a) gosta de ficar mais tempo na cama e você acaba por se atrasar nos seus compromissos, peço apenas que defina a hora de saída, comunique ao seu filho(a) e no dia seguinte você sai de casa à hora combinada, com ou sem ele. Só nessa altura é que ele(a) vai perceber que você está a falar a sério.

Para cada decisão há uma consequência.

Sem discussão, sem gritos e sem desgaste, você apenas cumpre com o que pediu.
Isto é válido para a maior parte das situações do nosso dia a dia, no entanto, há algumas diferenças de acordo com a idade dele(a). Por exemplo: se o seu filho tiver 7 anos, esta não seria a melhor estratégia. Podia usar outra que seria, por exemplo, estruturar o dia dele(a) com blocos para atividades e, se numa dessas nos atrasássemos, significaria que uma das atividades favoritas dele(a) que iria acontecer mais tarde, teria de ser encurtada.

“Filho(a), como nos atrasamos no início da manhã, temos de recorrer ao tempo da atividade seguinte para recuperá-lo.”
Garanto-te que ele(a) vai perceber rapidamente que tu não estás a brincar. 🙂

Experimenta.
Coloca em prática.
Se não te sentires confortável, ou sem saber o que fazer, escreve-me e pergunta que eu ajudo-te.

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A forma como os Pais pensam sobre os filho(a)s influencia o desempenho dele(a)s

A forma como cada um de nós pensa sobre si mesmo, influencia a forma como cada um age e, consequentemente, os resultados que obtém. Do mesmo modo, a forma como os Pais pensam (e comunicam isso) sobre os filho(a)s, influencia a forma como eles se irão comportar.

Para compreender este impacto na vida dos mais novos, deixe-me partilhar consigo um estudo realizado no Japão, com vários estudantes, a quem lhes tinham sido vendados os olhos. A cada estudante foi-lhes pedida a mão direita e foi dito que lhes iriam esfregar com uma planta venenosa. No final, todos os estudantes apresentaram sintomas dessa planta venenosa, ou seja, comichão, bolhas e vermelhão. No entanto, os investigadores tinham apenas utilizado uma planta totalmente inofensiva para esfregar na mão direita dos estudantes.

A seguir, os investigadores pediram aos estudantes a sua mão esquerda para esfregar com uma planta inofensiva, que não causaria qualquer sintoma. Na verdade, eles utilizaram mesmo uma planta venenosa que causaria alguns sintomas, no entanto, apenas 2 dos 13 estudantes apresentaram mesmo esses sintomas.

Conclusão 🙂
As expectativas que o nosso cérebro cria podem ser tão reais como aquelas criadas por eventos do mundo real. Portanto, quando diz ao seu filho(a) que ele(a) não vai conseguir passar a Matemática e que vai precisar de ajuda, está a condicionar o próprio desempenho dele(a). Não estou a dizer que a ajuda não seria importante, estou a dizer que ele(a) poderá assumir isso como uma “verdade”, afetando a forma como se irá empenhar nessa disciplina.

Você tem na vida o que cria (na sua mente).
Você cria o que espera que aconteça e isso é extensível ao seu filho(a).

Sugestão.
Acredite que ele(a) é capaz, verbalize isso mesmo e aja de acordo com essa forma de pensar.
Acredite mais em si!